
"Aqui eu conto poesia dos outros, conto músicas que amo, e de vez em quando conto os meus contos!" Gosto de indiretas, entrelinhas e subtextos. A verdade não é explícita Chocolates, devaneios, água, whisky. Traços em versos, chocolate e a nicotina da alma... Não pense que escrevo aqui o meu mais íntimo segredo, pois há segredos que eu não conto nem a mim mesma.
sábado, 1 de janeiro de 2011
Preciso tanto..
.
.
Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra.
Desencontros...
Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro.
(Caio Fernando Abreu)
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
A espera...
..Eu parada na porta às quatro da manhã
Eu me perdendo então
desamparado entre cinzeiros cheios e garrafas vazias. Você indo embora.
Eu indeciso entre beber um pouco mais
ou procurar uma beata em plena devastação ou lavar copos
bater sofás guardar discos mastigar algum verso
adoçando o inevitável amargo despertar para depois deitar partir morrer
sonhar quem sabe. Você indo embora.
Acordar na manhã seguinte
com gosto de corrimão de escada na boca: mais frustração que ressaca,
desgosto generalizado que aspirina alguma cura.
Tocaria o telefone? Você indo embora, fotograma repetido.
Na montagem, intercalar. Você indo embora você indo embora...
Assinar:
Postagens (Atom)